Ao pensar que, enfim, estamos nos tornando Santos como Ele (I Pedro 1:16), descobrimos pecados entranhados em nossa essência.Poderíamos listar tudo que fazemos – e o que não fazemos também – que reflete a imagem de Cristo, mas ainda assim, ao nos tornamos semelhantes à Ele, não enxergaremos nada refletido além de pó e cinza.
Graças pela cruz, que transforma pó e cinza em filhos. Carregamos um tesouro em vasos de barro e este último somos eu e você. Em 2 Coríntios 4:7, Paulo faz questão de relembrar de quem é a Glória: ele sabia que nossos corações seriam tentados a assumir um poder que não vem de nós, mas de Deus. Nunca seremos maiores do que aquilo que carregamos.
“Aquele, pois, que sabe fazer o bem e não o faz, comete pecado”. Tiago 4:17
Relativizamos e ponderamos muitas coisas. Damos desculpas pra nossa falta de amor a cada segundo. Não assumimos culpas. Nem riscos.
Se temos algum dinheiro, preferimos guardá-lo à entregar pra um morador de rua que sente fome, pensando que ele vai gastar com bebidas ou drogas.
Se vemos uma idosa vendendo pano no sinal, não compramos porque não temos necessidade, ao invés de entender que é aquilo que traz sustento pra sua casa.
Se vemos campanhas pra arrecadar casacos no inverno, deixamos os nossos 10 modelos no armário e discursamos dizendo que a responsabilidade é do governo.
O mais curioso é que a Palavra não sugere a quem ou de que forma devemos ajudar. É tudo muito claro: FAÇA! Deixar de fazer é cometer pecado. Lutamos contra nossos grandes monstros – pornografia, adultério ou assassinato, por exemplo – mas deixamos as pequenas mentirinhas seguindo intocáveis. Preferimos deixá-las de lado do que sermos confrontados em áreas mais “rasas”. E vamos nos distanciando, pouco a pouco, novamente, da palavra de Vida.
Que o Tesouro do qual falamos seja o Amor lançado nos corações de quem não pode retribuir.
(Isadora Bersot)
Para Tua Glória 