”2016
Foi o melhor ano da minha vida
Eu dei um grande passo em direção aos meus sonhos
Fui refugiado na Grécia por 10 meses e isso foi bom tanto quanto foi ruim
Foi um sofrimento real, mas eu estou feliz porque aprendi muitas coisas
Estou feliz porque comecei minha fotografia
Estou feliz porque aprendi inglês
Estou feliz porque eu tive a chance de conhecer novos amigos incríveis
Estou feliz porque trabalhei com muitos grupos voluntários
O sofrimento foi a maior lição em 2016. Para mim, sofrer é uma forma de aprender.”
Palavras de um refugiado, pra gente aprender que a dor também ensina.
O discurso do “se não me incomoda, não me meto”, tão vomitado neste último ano, parece tão egoísta pra mim. É uma grande viagem em direção somente ao seu bem. E essa ideia é uma farsa! É como deixar o seu próximo se dar mal, mesmo que você saiba pra onde ele esta caminhando, simplesmente porque é melhor não criar problema pra você em ser mal interpretado ou julgado por sua atitude bem intencionada.
Falta empatia na vida real, porque textão no facebook não muda a cabeça de ninguém não. A verdade é que a gente ta tão acostumado com o discurso que tornamos nossa vida um vazio cheio de desculpas. Eu quero mesmo, com toda esperança que há em mim, que nós consigamos olhar fora da caixa. Viver com verdade.
Se importe com o outro e principalmente, deixe que se importem com você.
O mundo ta difícil sim, mas acreditem no testemunho do Abdulazez – refugiado sírio, de Aleppo, – o sofrimento pode fazer algo bom (em/com/por você). E ainda nessa vida, vale a pena crer que pequenos atos de bondade podem preencher de novo a esperança dos nossos corações marcados com tanto sangue e luto do último ano.
(Isadora Bersot)