Hoje, pensei naquela frase que dá título a um livro que ainda não li: “Não tenho fé suficiente para ser ateu” – eu também não.
Não consigo não ver a mão de Deus em tudo. Não consigo conceber a ideia de que meu corpo, com cada um de seus órgãos e células (o que dizer do cérebro?!), surgiu aleatoriamente.
Não consigo vislumbrar a formação de um outro ser humano no ventre de uma mulher como algo menos que extraordinário.
As coisas têm cheiro. Sabor. Cor. E nós temos narizes. Papilas gustativas. Olhos. Podemos sentir e ver. Somos capazes de desfrutar do que não fizemos, do que não trabalhamos para conquistar. Não é incrível?!
É graça, pura graça! Um presente escandaloso do Criador, que em e através de tudo diz: “EU estou aqui.”
E pensar que aquEle que nos transformou em seres viventes se submeteu a viver neste corpo incrivelmente maravilhoso, mas ainda débil e perecível, e enfrentou a morte para, enfim, vencê-la para sempre… é de arrepiar!
Eu já me rendi.
Falo de rendição porque é o que precisamos fazer. Pode ser duro pra muitos se render diante do desconhecido (que teima e insiste em Se fazer conhecido). Do inimaginável. Do infinito. Do que, para alguns, é improvável. Surge uma guerra, para a qual o conselho do Eterno é o mesmo dado a Paulo: duro é resistir (“Duro é para ti recalcitrar contra os aguilhões.” Atos 9:5).
A gente quer ser o centro. Saber tudo. Dominar tudo. Mas a realidade é cruel: quanto mais sabemos, e descobrimos, e avaliamos, mais percebemos que estamos distantes de dissecar a integralidade da vida. As origens do universo. Os mistérios da existência. A Eternidade que Ele plantou no coração do homem (Eclesiastes 3:11) é um sinal de que há algo que não podemos compreender plenamente.
Há um Deus. Nem céus e terra podem contê-Lo (2 Crônicas 6:18). Confio no que dizem as Sagradas Escrituras, naquilo que foi revelado ao apóstolo João em Apocalipse 1.7:
“Eis que ele vem com as nuvens,
e todo olho o verá,
até mesmo aqueles que o traspassaram;
e todos os povos da terras e
lamentarão por causa dele.
Assim será! Amém.”
Ele veio. Morreu. Ressuscitou. Vai voltar. Você vai ver.
(Isadora Bersot)