Com a crise de refugiados, as guerras no mundo e o consequente aumento da perseguição religiosa principalmente em países com maioria muçulmana, somos naturalmente tentados a desejar o mal – mascarando de bem.
Veja se faz sentido pra você: se Deus quisesse acabar com a crise, ele já teria cessado as guerras. A Palavra diz que Deus pode mudar o coração dos reis como muda o curso dos rios (Prov 21:1) Se Ele quisesse, já não teria feito? Somos nós os que pedimos pelo fim das guerras ao invés de clamarmos pra que o Senhor siga cumprindo o propósito dele durante os dias maus na vida de tanta gente. (Leiam esse testemunho incrível dos Missionários Gladston e Esther, YWAN Cárceres, Espanha)
As notícias são ruins. Sim. Cada vez piores! Eu choro? Sempre! Mas vou colocar aqui alguns exemplos do que cristãos perseguidos tem dito/escrito para ensinar a igreja livre:
Nossa primeira atitude não é desejar que o terrorista/extremista/torturador encontre com Cristo, mas desejamos a “justiça terrena” (pra não dizer a sua morte ou prisão perpétua) muito antes de clamar, inclusive por eles, misericórdia. Estamos deixando que o amor do Pai em nós seja deformado enquanto clamamos por sua justiça e juízo!
Sabe o apóstolo Paulo? Aquele a quem a grande maioria dos cristãos usa como referência de vida e de pregação? Se fôssemos contextualizar pro nosso tempo, ele poderia ser hoje um desses extremistas, baseado em suas atitudes passadas, que conhecemos bem. Assassinatos e torturas foram pouco perto do que esse antigo perseguidor de Cristo e da Igreja fez (At 9.1-2, At 8.1-3, Gl 1:13, At 22:4, At 26:9-10, At 22:20).
O fato é que enxergamos o hoje sombrio sem vislumbrar o que Deus está fazendo surgir do meio do caos. A exemplo de Paulo, nós sabemos o futuro dos mártires, mas não podemos mensurar o que Deus planeja fazer com o futuro dos assassinos – incluindo o fato de transformá-los em mártires. Concluo como escrito em Lucas 11;1 “Senhor, ensina-nos como orar”.
(Isadora Bersot)
***Já conheci pessoalmente muitos muçulmanos “de bem”. Pessoas boas e gentis; assim como já conheci pessoas maravilhosas das mais diversas religiões. Meu intuito não é fazer com que você pense que todo muçulmano é cruel, porque a realidade não é essa. Esse texto trata especificamente de muçulmanos radicais que cometem atrocidades por motivos políticos ou de intolerância religiosa, por exemplo.***